PERSONAGENS: wallonie
Feb. 1st, 2014 10:29 am
[foto que também será substituida assim que possível porque aparentemente o destino sempre me puxa de volta pra casa da minha mãe]
Ah, Wallonie. Wallonie, Wallonie.
O trabalho que você me deu, mulher.
Antes de falar da Wallonie, chame seu amiguinho nórdico mais próximo, peça o livro de história que ele usou na segunda série e comecemos a falar sobre um pouquinho da história da Escandinávia e territórios adjacentes:
A Islândia tem o parlamento mais antigo do mundo, chamado Althingi e fundado no ano de 930 d.C. Esse parlamento ficou em atividade desde então [tendo um longo hiatus apenas de 1799 a 188 por razões não especificadas pelo Google] passando por todos os grandes pontos da relação islandesa com os outros países nórdicos: desde quando a Islândia se tornou território da Noruega no ano de 1262, passando pela a União de Kalmar [quando Noruega, Suécia e Dinamarca se uniram em um reino só e a Dinamarca pegou a Islândia por ser a maior potência entre os três] até sua independência em 1944.
A União de Kalmar foi a unificação dos três reinos da Escandinávia sob um único rei [nesse caso, rainha, Margarida I]. Com a união dos reinos da Dinamarca e da Noruega por casamento real e a derrota do rei Alberto III da Suécia [cujas decisões batiam de frente com as do resto da nobreza e burguesia], uniu-se a necessidade de deter as expansões germânicas à territórios nórdicos com objetivos pan-escandinavos e criou-se essa união. Durou cerca de 136 anos e acabou quando os suecos, incomodados com a forte influencia dinamarquesa em suas decisões políticas e com o fato de que as guerras em que o reino se envolviam prejudicava seus interesses comercias [pois muitas vezes eram contra nações que também eram grandes importadores de produtos suecos] começaram a se rebelar no início do século 16 e elegeram o rei Gustavo I em 6 de junho de 1523. Esse é até hoje o Dia Nacional da Suécia, inclusive.
Os islandeses sofreram nas mãos dos dinamarqueses, pois diferentemente dos noruegueses eles não estavam tão interessados assim em fazer acordos comercias com a Islândia, levando à um congelamento [*tum dum tisss*] da economia do país. Apesar dos movimentos de independência terem começado já no século XIX com o Iluminismo ganhando força por toda a Europa, a real independência da Islândia se deu em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, quando os islandeses se aproveitaram da ocupação nazista na Dinamarca pra se declararem sua independência. Sacanagem, hein Islândia.
Ufa!
Então, na minha cabeça eu queria que a Wallonie viesse de algum lugar mais frio e isolado, como a Islândia, mas que ao mesmo tempo tivesse uma base cultural mais conhecida e que fosse membro de alguma família real. E após horas e horas [e hooooooras] de pesquisa, consegui montar uma história relativamente plausível de ter acontecido em um outro universo:
Como a Suécia foi o primeiro país a sair da União de Kalmar [dando origem à Dinamarca-Noruega] e durante essa época o parlamento islandês estava não apenas EXTREMAMENTE PUTO com a Dinamarca como também em pleno funcionamento, eles apoiaram os suecos durante a eleição do rei Gustavo I, primeiro rei da Suécia pós-independência, e passaram a ser território da Suécia, deixando a Dinamarca pra trás. Foi uma época bastante viável para ambos os países, especialmente durante o auge do Império Sueco, e quando este finalmente acabou e foi obrigado a devolver a maioria de suas colônias fez questão de exigir a Islândia junto. Logo após isso, a Suécia deixou a Islândia como um grão-ducado, sendo dominado pelo filho do Rei Gustavo, que se mudou para lá. Como a Suécia quase não foi tocada pelos nazistas durante a II Guerra, a Islândia continuou como território deles, sendo agora dominados com mãos-de-ferro enquanto o resto da Europa caminhava à passos largos rumo ao progresso.
E de fato, a Suécia só foi ficando cada vez mais rica e próspera dos pós-guerra em diante...até o início da década de 90, em que sofreu uma grave crise financeira e aí a Islândia viu sua chance de se libertar. O problema é que a libertação acabou sendo um pouquinho mais violenta do que o planejado, já que a Suécia foi contra. E então, à beira de uma guerra civil, os suecos lavaram as mãos com o pouco de sabão que sobrou nos mercados do país [heh] e deram a “carta de alforria” à Islândia, tirando seus políticos, burocratas e nobres de lá.
Incluindo a família Wanderson, descendentes do famoso grão-duque da Islândia. Ou como era conhecido pela Wallonie, “vovô Erik”.
BIOGRAFIA
Maria Aghneta Kristinn Ausgusten “Wallonie” Wanderson nasceu em setembro de 1974 em Reykjavík, Islândia. Wallonie foi criada em uma mansão nos arredores de Reykjavik, como neta do grão-duque da Islândia e uma descendente direta da nobreza sueca. Teve uma educação real que poderia ter sido mais forte se não tivesse um irmão mais velho, Gustaff, que estava acima dela na sucessão do trono. Desde pequena tinha vontade de aprender mais sobre outras culturas, lugares e países “vizinhos”, assim como de ser mais social do que a vida nobre lhe permitia, se auto-ensinando aspectos como geopolítica e economia dos países perto do seu [contando, claro, com o quão “perto” qualquer outro país pode estar da Islândia]. Como foi educada em casa, fez seus pais contratarem vários professores particulares para ensinar o que ela queria, incluindo um estranho Sr. Berwald, que trabalhou por um período como professor de física na Universidade de Reikjavík e um período mais curto ainda como professor de francês da Wallonie.
No início dos anos 90, com as tensões aumentando sobre a Suécia pra libertar a Islândia, ela é mandada pra Alemanha morar sozinha com ele [“O que?! Não é aquele cara que foi quase que enxotado daqui por vocês quando eu era pequena?! Mas por que logo o Sr. Berwald?!”] pouco antes do golpe que tirou sua cidadania islandesa, a mantendo fora de seu país por tempo indeterminado. Perdida, sozinha e sem entender porque seus pais a haviam mandado pra um país estranho ao invés da Suécia, ela procura pelo endereço pra que supostamente deveria ser mandada, apenas para descobrir que tudo indica que ele morreu e ela será obrigada a viver por uns tempos com seu sobrinho [“o Rimbaud negro”] e um de seus aprendizes [“o russo estranho que não deve saber como se fala “chuveiro”].
MAS POR QUE ELA EXISTE?
Como bem disse minha migs xerosa e com a barba imaginária mais bonita da cidade [título que um dia eu juro que pego pra mim] Sasa, geralmente quando se tem personagens tipo os meus - trio parada dura representando o meu subconsciente - eles vem nos velhos moldes do Ego, Superego e Id. E até agora me choca o fato de que todos os três personagens principais apresentados se encaixam perfeitamente nesse conceito: o Quinton seria o Ego, ou como eu me mostro para outras pessoas, o Ness o superego, agindo como bússola moral e modelo de comportamento, e a Wallonie seria o Id, meus impulsos e desejos mais selvagens sendo representados numa garota de 19 anos com o sotaque da Björk.
A Wallonie seria um mistura estranha de lady inglesa com Joan Jett: ao mesmo tempo em que tenta se portar da maneira mais formal possível e aplicar a educação que seus pais lhe deram no dia-a-dia, ela ainda é extremamente curiosa pra ver, fazer e sentir coisas que sempre quis mas não pôde graças à sua vida de luxo e confinamento [isso quando sua educação real não vira puro pedantismo e ela acaba sendo um pouquinho arrogante]. Bem intencionada ela com certeza é, só não sabe se portar direito em certas situações, como cuidar de uma casa ou perceber que certas famílias inteiras vivem em apartamentos do tamanho do que era seu closet, mas isso graças à sua falta de noção de mundo. Não é difícil ver que ao mesmo tempo em que Wallonie quer se portar como uma dama pra tomar uma xícara de chá que for pela manhã, prefere fazer isso usando apenas uma blusa velha do Black Sabbath que usou pra dormir.
Apesar disso, ela é brilhante quando se trata de negociações [seja por bem ou seja convencendo os outros com um cano de metal de 1,5m], agindo diplomaticamente na maioria das situações, se interessando bastante pelos costumes alheios e acreditando que o mundo seria um lugar melhor se todos soubessem como ser menos intolerantes. Mas não se confundam: apesar do tamanho e da aparência frágil, ela sabe muito bem como se defender sozinha ["obrigada, aulas de defesa pessoal!"], tem um conhecimento extraordinário sobre bandas de rock e é capaz de acabar com qualquer um no Space Invaders. Basicamente, ela é uma pessoa um tanto quanto intensa - às vezes beirando o dramático - e se ela tentar bastante, consegue fazer quase qualquer coisa. Ênfase no "bastante" se isso envolver se virar sozinha, coisa que será obrigada a fazer pela primeira vez na vida.
Mas só evitem comentar muito quando ela acertar o que quer ou do contrário não vai calar a boca sobre isso nunca mais.
Nunca.
Mais.
Mesmo.
E MAIS UM POUCO SOBRE ELA:
IDADE: cerca de 18 ou 19
GÊNERO: feminino
ITEM: mapa
LÍNGUAS: todas as línguas nórdicas, alemão, francês, espanhol, russo, e outras...outras...trocentas [?] línguas
UM LIVRO: “Por mais que eu já tenha lido A Volta Ao Mundo em 80 Dias umas cinco vezes, eu gosto MUITO de livros de mistério.”
UMA COMIDA: “Hadoque com batata, que me faz lembrar de casa. Ah, ou cereal matinal também!”
UM MEDO: “Lugares altos demais me dão agonia, assim como não saber o que dizer em situações muito difíceis”
UMA COR: “Azul!”